O Brasil registrou, em 2024, um novo recorde de transplantes, superando 30 mil procedimentos. O Sistema Único de Saúde (SUS) é o maior programa público de transplantes do mundo, financiando cerca de 88% dos procedimentos e oferecendo transplantes de rins, fígado, coração, pulmão, além de córneas e medula óssea.
Ainda assim, há cerca de 78 mil pessoas na fila de espera por um órgão, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde em junho deste ano.
Um dos principais empecilhos para um aumento na doação de órgãos é a recusa das famílias em aceitá-la, seja por falta de informação sobre a morte encefálica e o processo de doação ou por medo de que o doador tenha o corpo manuseado de forma inadequada.
Compreenda a morte encefálica
A morte encefálica é a perda completa e irreversível de todas as funções do cérebro, incluindo o tronco cerebral, e é considerada a morte do paciente. Nesses casos, a parada cardíaca é inevitável, sem possibilidade de recuperação ou reversão da condição.
A constatação da morte encefálica é feita por médicos, seguindo protocolos rigorosos, e é o fator determinante para a possibilidade de doação de órgãos.
Como posso ser um doador de órgãos?
A família deve autorizar a doação por escrito. É essencial conversar com a família sobre o desejo de ser doador. Além disso, para formalizar a intenção de ser doador, é possível registrar sua vontade no aplicativo ou no site do AEDO (Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos) (aedo.org.br) ou na nova Carteira de Identidade, como um recurso adicional para ajudar os familiares a tomarem a decisão.