Pequenas falhas na assistência à saúde podem comprometer a segurança do paciente e até causar danos graves. Por isso, para evitar riscos e garantir um atendimento mais seguro em todo o mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu as Seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente, que servem como diretrizes essenciais para hospitais, clínicas e profissionais de saúde.
Neste artigo, vamos explorar o que são essas metas e como elas funcionam na prática para proteger os pacientes.
#01 Identificação Correta do Paciente
Antes de qualquer procedimento, é fundamental confirmar se o paciente certo está recebendo o tratamento correto. Para isso, os profissionais de saúde devem utilizar dois identificadores, como:
✅ Nome completo;
✅ Nome completo da mãe;
✅ Data de nascimento;
✅ Número do prontuário.
Essa simples checagem evita erros como administração de medicamentos em pacientes errados ou trocas de exames laboratoriais.
#02 Comunicação Eficaz
Falhas na comunicação entre profissionais da saúde são uma das principais causas de erros médicos. Para reduzir esse risco, as equipes devem:
🗣️ Repetir informações críticas para garantir que foram compreendidas corretamente;
📝 Registrar todas as orientações importantes no prontuário do paciente;
📞 Evitar ordens verbais sem confirmação, especialmente ao prescrever medicamentos.
Um exemplo prático é o “Leia de Volta”, técnica na qual um profissional repete a informação recebida para garantir que não houve erro de entendimento.
#03 Uso Seguro de Medicamentos
A administração de medicamentos deve ser feita com extremo cuidado para evitar equívocos como dosagens erradas ou interações prejudiciais. Para isso, as equipes de saúde devem:
💊 Conferir sempre nome, dose e via de administração do medicamento;
🔎 Destacar medicamentos de alta vigilância, como insulina e anticoagulantes;
📑 Seguir protocolos padronizados para evitar confusão entre nomes parecidos (exemplo: Clonazepam x Clonidina).
#04 Cirurgia Segura
Erros cirúrgicos, como operar o paciente errado ou o lado incorreto do corpo, podem ser evitados com protocolos específicos, como o “Check-list de Cirurgia Segura”. Esse processo inclui:
✔️ Confirmação da identidade do paciente antes da cirurgia
✔️ Marcação prévia do local da cirurgia
✔️ Revisão de materiais e equipe antes de o procedimento começar
Com essas medidas, a cirurgia se torna mais segura para todos os envolvidos.
#05 Redução do Risco de Infecções
Infecções hospitalares podem ser fatais e, por isso, a prevenção é essencial. A melhor forma de reduzir esse risco é a higienização correta das mãos pelos profissionais de saúde antes e depois de cada atendimento. Além disso, outras práticas incluem:
🧼 Higienização das mãos;
🧤 Uso de luvas e materiais esterilizados;
💉 Administração correta de antibióticos para evitar infecções pós-operatórias;
🏥 Controle rigoroso da limpeza e desinfecção dos ambientes hospitalares.
#06 Prevenção de Quedas e Lesões por Pressão
Pacientes hospitalizados, especialmente idosos e aqueles com mobilidade reduzida, estão mais propensos a quedas e úlceras por pressão (feridas causadas pelo tempo prolongado em uma mesma posição). Para evitar esses problemas, os hospitais adotam medidas como:
🚶♂️ Uso de barras de apoio e camas ajustáveis;
🔄 Mudança frequente de posição dos pacientes acamados;
🩹 Uso de colchões especiais para evitar lesões na pele.
A aplicação dessas seis metas no dia a dia dos hospitais e clínicas é essencial para garantir um atendimento mais seguro e eficiente. Cada detalhe faz a diferença na prevenção de erros e no bem-estar do paciente. O Hospital São Judas Tadeu adota todas essas medidas – afinal, o paciente não é apenas um paciente: ele é o amor de alguém.