Fevereiro é o Mês de Conscientização sobre Doenças Crônicas. Algumas delas são pouco abordadas, como a fibromialgia, o lúpus e o Alzheimer. Um excelente aliado para quem convive com essas condições são as atividades físicas.
É evidente que a prática de exercícios físicos é essencial para a saúde de todos, mas, em casos como esses, em que as pessoas lidam com doenças crônicas, ela pode ajudar no alívio dos sintomas.
O sedentarismo está fortemente associado ao agravamento de doenças crônicas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 20% da população adulta mundial e 80% dos adolescentes são fisicamente inativos.
Estudos indicam que a inatividade física está associada a mais de 30 doenças crônicas, que poderiam ser prevenidas com mudanças no estilo de vida. Além disso, o sedentarismo pode aumentar em 20% a 30% o risco de mortalidade, segundo a OMS.
É importante ressaltar que qualquer movimento e pequena prática é relevante para o corpo, o envelhecimento e o bem-estar.
Práticas leves, grandes impactos
Atividades físicas leves, como caminhada, alongamentos, yoga e pilates, são muito benéficas no tratamento de doenças crônicas e podem se adaptar ao condicionamento do paciente.
A simples prática de alongamentos todos os dias contribui para o aumento da flexibilidade, da amplitude de movimento e da circulação sanguínea. Além disso, ajuda a fortalecer tendões e ligamentos, além de melhorar a coordenação motora.
Em casos como o lúpus e a fibromialgia, a atividade física pode ajudar a combater a dor, a fadiga e os problemas de sono, além de ajudar a manter a massa óssea, melhorar o equilíbrio e reduzir o estresse. Para o paciente com lúpus, a atividade física também pode ajudar a diminuir a inflamação e melhorar a mobilidade das articulações.
Para quem lida com o Alzheimer, a atividade física leve pode ajudar a prevenir e tratar a doença, pois ajuda a melhorar a memória, a concentração e a cognição.
Entre outros benefícios da atividade física para o Alzheimer, estão:
- Aumento da massa cinzenta, que processa informações;
- Aumento da matéria branca, responsável pelas conexões cerebrais;
- Aumento do volume do hipocampo, que armazena a memória;
- Redução da ansiedade e da depressão;
- Melhora na qualidade do sono e do apetite;
- Aumento dos níveis de bem-estar e autoestima.
Como incluir a atividade física na rotina de forma leve?
Para quem ainda está começando, existem formas de inserir a prática de exercícios físicos aos poucos.
Por exemplo, a caminhada: pode-se iniciar com poucos minutos por dia e aumentar gradualmente, e, quem sabe, mesclar com alongamentos em determinados momentos do dia.
Exercícios respiratórios e a meditação podem ajudar a reduzir o estresse.
Já para os que lidam com dores crônicas nas articulações, a natação, hidroginástica e pilates são excelentes opções, pois fortalecem os músculos.
Dicas para começar de forma segura:
- Consultar um profissional de saúde antes de iniciar.
- Respeitar os limites do corpo, evitando exageros.
- Estabelecer metas realistas e graduais.
- Usar acessórios ou roupas confortáveis.
Incorporar atividades físicas leves na rotina pode transformar a qualidade de vida de quem convive com doenças crônicas. Além de ajudar a aliviar os sintomas, elas promovem bem-estar físico e mental, mostrando que pequenos esforços podem gerar grandes impactos. O importante é respeitar os limites do corpo e buscar orientação profissional, priorizando uma abordagem segura e gradual. Assim, cada passo dado se torna um avanço em direção a mais saúde e equilíbrio.